
1995, para ser mais exato. A competência de Mark Waid como roteirista já é conhecida e, neste arco de histórias, ele justifica a fama. A premissa é bastante criativa: o mesmo soro do supersoldado que concedia poderes ao Capitão América passa a degenerar seu corpo.
A solução, brilhante: uma transfusão de sangue do único ser vivo que carrega o mesmo soro nas veias, com uma agravante – este homem é seu maior inimigo, o Caveira Vermelha.
Soma-se a isto a volta de outro personagem dado como morto – a ex-agente da SHIELD e ex-amante do Capitão, Sharon Carter – e tem início uma caçada ao Cubo Cósmico, em poder de um grupo neonazista.
Claro que tudo não passava de um plano do Caveira para recuperar o Cubo e brindar os leitores com uma viagem ao passado do Capitão, com direito a aparições de Bucky – nesta época também dado como morto – e até dos Invasores.
Quase imediatamente à conclusão deste arco, Waid conduz o Capitão América a uma segunda “morte”, esta metafórica: ele é acusado de traição e expatriado dos Estados Unidos. Nada poderia ser pior para o mais patriótico dos heróis.
O Capitão precisa limpar seu nome, enfrentar o andróide Mecanus e evitar um holocausto nuclear, ainda que para isso precise aliar-se novamente a um inimigo, o Doutor Destino.
O ritmo frenético do roteiro é potencializado pela arte de Ron Garney, nem tanto por sua técnica (que não é ruim) e mais pela diagramação e enquadramentos dinâmicos.
Capitão América: Operação Renascimento está nas bancas por R$ 29,90 e vale o investimento. É um tijolo de 268 páginas com ação do início ao fim, reunindo 10 edições (Captain America 444 a 448 e 450 a 454).
Altamente recomendável.
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