

Luluzinha Teen segue uma tendência mundial, a de “crescer” personagens antes voltados ao público infantil. Entre nós, o exemplo mais evidente é a Turma da Mônica Jovem, de Maurício de Sousa, mas há também precedentes no mercado internacional, como Ben 10 e Meninas Superpoderosas.
Qual o mal disso? Nenhum. A audiência cresceu, então nada mais natural que as editoras façam o mesmo com seus personagens.
Luluzinha Teen tem ritimo de Malhação: namoricos, mistérios, turmas rivais. Tenho a impressão de que são esses os temas que atraem os tweens hoje em dia e que justificam o suposto sucesso da revista (tiragem declarada de 100 mil exemplares por mês).
Os personagens também lançam mão de toda a parafernália eletrônica da chamada Geração Y: videogames, internet, mídias sociais, celulares e – isso eu acho uma boa sacada – um blog de verdade que não só interage com a trama como também traz outros assuntos.
O maior problema dessa nova turma da Luluzinha é que ela poderia ser qualquer turma. Muito diferente do que acontece com a Mônica Jovem (a comparação é inevitável), a caracterização dos personagens "crescidos" não remete de modo algum aos modelos originais.
Os criadores tentam driblar isso abrindo cada edição com uma breve apresentação dos protagonista e inserindo referências a fatos do “passado” na trama. Funciona? Sim, mas também exige uma grande dose de boa vontade dos leitores, pelo menos dos mais veteranos.
O maior mérito de Luluzinha Teen, como eu disse em posts anteriores, é ser uma criação brasileira, uma concessão da licenciadora mundial exclusiva para nosso mercado. E também o fato de ser escrita e desenhada aqui, o que abre novas oportunidades para nossos profissionais.
No geral, a revista vale o investimento de R$ 6,40 por edição e o tempo gasto para ler as 96 páginas. Os roteiros são bem feitos, a linguagem é adequada ao público-alvo e a arte não envergonha, mesmo havendo a opção pelo "mangá".
Se tiver oportunidade, leia pelo menos uma edição para formar seu próprio conceito e não se deixar levar por críticas que, muitas vezes, são influênciadas apenas pela resistência a se modernizar personagens que marcaram a infância de muita gente.
Eu gostei.
Eu não gosto de mangá, mas entendo que as histórias precisam dar um reloaded as vezes.
ResponderExcluirEngraçado mesmo é ver os nerdy choramingando. Pra falar a verdade, já foi engraçado com a própria Turma da Mônica! Valeu!
Concordo, kamikase. Tem muito pré-conceito envolvido, ou marmanjo lendo a HQ sem manter a perspectiva de que é feita pra garotada.
ResponderExcluirAbs!
Bem, eu já gosto de mangá e acho que essas iniciativas são bacanas, mesmo se não derem certo (afinal, nada garante que uma atualização será legal).
ResponderExcluirLulizinha se não me engano é de 1935 ou 1936, ou seja, atualizar um personagem é algo necessário para dar um upgrade e botá-lo novamente na mídia.
E pré-conceito entre fãs de quadrinhos, infelizmente é uma coisa constante. Como diria o Mau, pensei que quem gostasse de quadrinhos tivesse mais mente aberta e fosse mais esperto. Infelizmente parece o contrário.
Abs
T§
tween ≠ teen
ResponderExcluircaso o caracter unicode não apareça: tween (diferente) teen
Obrigado, Genjoke, mas eu sei a diferença e quis dizer tween mesmo: os pré-adolescentes que, para mim, são mais o alvo da revista do que os adolescentes.
ResponderExcluirAbs!